nos portos do mar am e despois as revemdem em que guanhão muito dinheiro. Tem estes tais liberdade que ho rey do reyno em que vivem os não podem matar por justiça; se el-rey souber que halguns deles fez algum malaÀcio por que deve ser ponido fas o saber aos outros e elles se ajumtão os prymcipais em quomselho e matão ho dilimquemte as lamçadas e qutiladas fazemdo saber a el-rey a justiça que nelle fazem. Sam omens muy riquos e de muitas eramças na terra amtiguamemte avidas, quasão com hŕa soo molher a nosa maneyra, os Àlhos os erdaom e quamdo morrem mandão queimar seus corpos; suas molheres os vão pramteando ate o foguo e, cheguamdo a elle, tirão do pesquoso hŕa joia pequena d’ouro que lhe elles dão quamdo as recebem e lança sobre elle no foguo e asy se torna pera a casa; não tornão a casar aimda que sejão moças de pouqua idade; se ellas morrem os maridos as mandão queimar e despois podem casar outra vez. Estes são tam limpos de linhagem que se podem os naires toquar com elles. Ha nesta terra outra ley de gemte a que chamão cuiavem que não tinhão deferemça dos naires, somente por huum ero que Àzerão Àquarão em ley sobre sy. Seu oÀcio e fazerem louça e tigolo pera abrirem as casas dos reis e dos idolos, os quaes abrem com o tigolo em lugar de telha estas somente porque, como ja dise, as mais se cobrem com rama. Tem idolatria sobre sy e seus idolos apartados. Acerca do casamemto tem a ley dos naires; com as molheres destes podem os naires dormir com comdiçaom que não podem emtrar em suas propias casas sem se lavarem do tal pecado e mudarem os vestidos. Asy outra ley de gimtios que chamão mainatos que tem por oÀcio lavarem roupa e os [aos] reis, brames e naires e deste vivem e não podem tomar outro nem seus Àlhos; lavão jumto com suas casas em gramdes tamques e poços que pera isso tem. Estes tem tamtos vestidos asy seus como alheos que a muitos naires que não tem panos pera vistir propios seus e fazem partido com estes e cada mees lhe dão serta cousa por lhe 132
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