e a outro dia que am-de dizer misa espremem o sumo e com aquilo a dizem. Estes bautizavão por dinheiro e quamdo se tornavão pera suas terras deste Malabar hião muy riquos e asy a mymguoa de dinheyro Àquavão muitos por bautizar. Pasamdo esta cidade de Coulão pera o sul esta ao lomguo do marh ŕa povoaçãodemouros e gemtiosque chamãoTiramgoto,homde tambemha naveguaçaom, e de huum senhor paremte d’el-rey de Coulão, e terra muy farta de muitos mamtimemtos d’arrozes e carnes em gramde abastamça. Ilhas de Maldio Aatraves desta terra da mais (sic) do Malabar, a coremta leguoas, vay hŕa arcipelaguoa de ilhas que dizem os mouros que são doze mil e começão ao mar do momte Seli (sic) [Deli], omde estão o baixos de Padua e vaom comtra Malaqua. As prymeiras são quatro pequenas muy razas que se chamão Maldio, são povoadas de mouros malabares e dizem serem d’el-rey de Cananor, omde não a outra cousa senão palmares de que se mamtem e tãobem d’arroz que lhe vay do Malabar nos navios que ali vaom carreguar de cordoalha de cairos. A nestas ilhas muita mopama, daquy levão tambem huns buzios pequenos que e gramde mercadoria pera o reino de Cambaia e Bemgualla omde correm por moeda baixa e hão-na por mais limpa e mylhor que a do cobre. Fazem nestas ilhas muy riquos panos d’alguodão e seda e ouro, que val amtre os mouros muito dinheiro, pera seus vestidos e fotas; os omens destas ilhas lançom muy Ànos e sotis vivos as touquas tam tapados e prymos que os nosos ofeciaes não o saberão olhar senão que tem emves e direito. Apanham-se nestas ilhas hŕas caquas, diguo casquas de tartaruguas que chamão alquama, que fazem em pedacinhos muy delguados que tambem e gramde mercadoria pera o reino de Guzarate; acha-se tambem aquy muyto ambre em gramdes pedaços delle bramquo e dele pardo e outro preto. 152
RkJQdWJsaXNoZXIy OTg0NzAy