163 Tambem se faz nesta cidade muito e boom açuquere bramquo de canas, mas não no sabem ajumtar e fazer em pães e asy em poo o emfardelão em huns fardos de couro cruu, muy bem cozidos, e carreguase muita soma delles que levão a vemder a muitas partes porque e muy gramde mercadorias (sic); quamdo estes mercadores soiam a vir livrememte e sem medo ao Malabar e Cambaia com suas naos valia no Malabar huum quyntal d’asuquere mil e trezemtos reais, e huum chautar muyto boom seiscemtos reais, e hŕa cenabafa dous cruzados, e hŕa pesa de muy boa beatilha trezemtos reais, os quais trazião vemdemdo-as [e] asy guanhavão muyto. Tambem fazem nesta cidade muita comserva de gemgibre, laranjas, limões e outras frutas que nesta terra nase; [a] aquy muitos cavallos, vaquas, carneiros e outras muitas criações em abastamça e muitas gualinhas. Os mercadores mouros desta cidade vão muitas vezes pello certão a comprar meninos gemtios a seus pais e mais e outros que furtão e capa-nos que Àcão de tudo razos, muitos delles morrem diso, os quais capa-no e cequa-nos muito bem e vemde-nos cada huum[1], os quaes estemanão (sic) muito pera guardas de suas molheres e fazemdas e pera outras vilezas, dos quais capados fazem muyta istima porque são muito omens de gramde recado e vem delles serem feitores de seus senhores e guovernadores e capitães dos reis mouros, de maneira que vem a ser omens muy riquos e de grosas fazemdas. Os mouros omrrados desta cidade amdão vestidos com hŕas camisas bramquas de pano d’allguodão, muito delguadas, que lhe dão polo artelho, e debaixo dellas huuns panos semgidos e em cima huns meixares de seda, suas adaguas na cimta guornecidas de prata e ouro, segumdo quem as tras, muitos anees nos dedos de riqua pedraria, suas fotas nas cabeças, d’alguodões; são omens muy visosos que comem e [be]bem muy bem e guastão sem medo e halem diso tem outros muitos visos; lavam-se muitas vezes em muy gramdes tamques que tem 1. Parece faltar texto.
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