senão a tratar e ali nelas morrem; os quais vemdemdo as mercadorias que asyma dise que trazem em Malaqua muyto bem, levão em retorno panos de Paleaquate e Mailapur e outros panos que vem de Cambaia, amÀão, aguoas rozadas, vermelhão, muitas grãs, sulia, salitre, ferro, cacho e pucho, que são draguoarias de Cambaia, tudo laa na Jaoa tem gramde valia. Desta cidade de Malaqua vão naos as ilhas de Maluquo, de que adiamte tratarei, ahy carreguar muito cravo e levão mercadaria muitos panos de Cambaia e toda a sorte d’alguodão e seda e asy outros panos de Paleacate e Bemguala, azougue, cobre lavrado, sinos e bacias e moedas da China, pimemta, procelanas, alhos, cebolas e outras muitas mercadorias de Cambaia. E asy naveguão desta cidade de Malaqua pera todalas ilhas que estão por todo este mar e pera Timor, domde trazem todolo samdolo bramquo que amtre os mouros e muy istimado e val muito; pera la levão fero, machados, faquas, cutellos, espadas, panos de Paleacate, cobre, azougue, vermelhão, estanho, chumbo, muitas cortinas de Cambaia; em retorno disto carreguão, alem do samdolo, de mel, cera, escravos. Naveguão tambem estas naos de Malaqua pera hŕas ilhas que chamão Bamdão carregar de nos noscada e de maças, omde levão a vemder as cousas de Cambaia; vão a ilha de Çamatra domde trazem muita pimemta, seda, sollia crua, muito beijoim e ouro; vam a outras ilhas domde trazem muito canfor e lynho aloes; vam a Tanarçaria, Peeguu, Bemguala, Paleacate, Charamamdel, Malabar e Cambaia de maneira que esta cidade de Malaqua e mais riqua esquala e dos mais grosos mercadores e maior naveguação e trato que se acha no mumdo. Vem tamta soma d’ouro que os mercadores grosos della não istimão suas fazemdas, nem comtão senão por bahares d’ouro que são, como ja em outros capitolos dise, quatro quyntaes, e a nela mercador que soo atravesa tres, quatro naos carreguadas de toda a riqueza e so as torna a carreguar de sua fazemda e atravesa outras tamtas de mamtimemtos e todas são logo muy bem paguas e carreguadas. 173
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