72 de tomar pillotos da propia terra, porque quãodo a mare deser saibão Àcar em posos e luguares que ha hi sabidos, e muitas vezes e Àquão em pedras omde se perdem. A fermosa cidade de Cambaia Entrando por Guamdarim, que he pelo rio dentro, esta hŕa grande e fermosa cidade que chamãoCambaia que he povoada demouros e gimtios; tem mui boas casas muito altas jenelas cubertas de telha a nosa madeyra (sic), muy bem arruadas, com fermosas prasas e gramdes edeÀcios, tudo com fermosas prasas, tudo de pedra e qual. Esta asemtada em hŕa grasiosa e rica tera de mamtimentos; ha na sidade grosos merquadores e gramdes homeins de fazemdas, asi mouros como gemtios; ha nela muitos oÀciais de oÀcios maqaniquos, de sotis obras de muitas maneyras, asi como em Frandes e tudo muito barato. Aqui se fazem muitos panos d’alguodão brãoquos muyto delguados e grosos, e outros pimtados em forma, e muitos panos de seda, muitos veludos baixos pimtados, muitos cetis avelutados e tafetas e muitas alcatifas grosas. Os naturais da tera são quasy brãoquos, asi omeins quomo molheres, morão nela muitos estrãogeiros, são homens muito alvos, he gente muito polida e acustumada a muito boons trajos, de mui viçosa vida, dados a muytos prazeres e visios, comem muito bem, costumão sempre lavarem-se e humtarem-se com quousas muito cheyrosas, trazem sempre amtre hos quabelos, asi homens como molheres, muitas Áores de jasmym e d’outras ervas que amtre eles ha. São gramdes musicos, de muitas maneiras de tamger e quamtar. Ãodão comtinuadamemte pela dita cidade caretas com bois e com cavalos, de que se servem pera quarreto de todalas cousas, e outras com huns leitos de madeyra muito boons, carreados e cubertos a maneyra de hŕa camara, lavrados de fermosa masanaria, e com genelas armadas e paramemtadas commuitos panos de seda, e seu es[…][1], trazem careteiros, homens conhecidos e 1. Página aparada que cortou a última linha.
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