47 cias de que o seu pai havia falecido e que o seu irmão mais novo tomara o poder em Lar. Ele regressou imediatamente a Lar com as suas tropas conquistadoras para tomar Lar ao irmão. No entanto, deixou para trás uma guarnição na fortaleza de Tezreg e outra em Shemel. As forças portuguesas que eram acompanhadas pelo Rei de Ormuz, Ferug Shah, conseguiram recuperar a fortaleza de Tezreg, mas não a de Shemel. Assim, montaram um cerco a esta fortaleza, durante um longo período, sem resultados. Viemos a saber que havia espiões de Lar que penetraram na fortaleza de Shemel com alimentos, usando cestos atados a cordas que içaram do topo da fortaleza. Como as altas palmeiras estavam muito próximas da fortaleza, estas actividades não foram detectadas a tempo. Finalmente, um dos chefes serviou de mediador entre as partes em liça. Propôs ao Rei de Ormuz que os habitantes de Lar deixassem a fortaleza desarmados, na condição de o Rei de Ormuz lhes conceder protecção desde o momento em que partissem da fortaleza até chegarem à encruzilhada que conduz ao Reino de Lar. Isto foi acordado; mas quando os habitantes de Lar desceram ao vale, no início da estrada de Shemel, os habitantes de Shemel atacaram-nos e mataram-nos a todos. Isto enfureceu o chefe mediador que montou o seu cavalo e se apressou a toda a velocidade para o acampamento português no planalto junto à fortaleza, gri-
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