53 A ideia era que a barra do porto devia manter-se aberta. O comandante militar avisou Simão Ferreira de que se ouvisse algum barulho ou distúrbio, ele devia dizer ao vizir em sua representação que não deveria ocorrer qualquer distúrbio, caso contrário, seria repreendido por causar um motim. Em seguida, foram colocados soldados e armas na fortaleza. Seguiu-se o envio de uma ordem para o comandante do navio sobre o procedimento a seguir em caso de ocorrência de qualquer incidente. À noite, o comandante militar partiu, levemente armado, com o Padre e o jovem, que era um cúmplice. Com o jovem a servir de guia, entraram pelo portão de casa do vizir. Naquele momento, ele estava muito ocupado com as questões do porto. Eles subiram as escadas até chegarem à entrada de um quarto. Ficaram na escuridão enquanto o jovem entregava uma mensagem a Bibi Fátima. Assim que ela recebeu a mensagem, saiu sozinha procurando-os onde eles estavam escondidos. Estava em estado de choque quando se aproximou do comandante militar. Tocou a mão dele para confirmar que lhe faltava um dedo, sendo este o sinal que confirmava a sua verdadeira identidade. Era ele. Ela percebeu que os seus desejos em breve se tornariam realidade. - Faça-se em mim segundo a vontade do Senhor - disse ela.
RkJQdWJsaXNoZXIy OTg0NzAy