64 por ser o filho mais velho. No entanto, ele devia ser apenas governador, até o litígio ser resolvido de uma vez por todas. Em 1606, o Arcebispo de Goa, que nesse tempo era Governador da Índia na ausência do Vice-Rei da Índia D. Martim Afonso de Castro, estava ansiosamente à espera de uma oportunidade. Estando ausente o Vice- -Rei, ordenou que Turan Shah fosse preso, acusando-o de sodomia. Durante um ano inteiro, devido à falta de provas que demonstrassem essa acusação, o Arcebispo de Goa, agindo na qualidade de Vice-Rei da Índia, exerceu a sua autoridade para forçar os juízes do tribunal a tomar a decisão que ele queria. O Supremo Tribunal julgou Turan culpado de sodomia e ele foi condenado a morrer na fogueira. Apesar de a decisão do tribunal também recomendar que a execução não fosse realizada antes de o Rei de Portugal ser informado, o Arcebispo de Goa decidiu que o acórdão podia ser executado. Escreveu ao Rei de Portugal uma carta datada de 19 de Dezembro de 1607 relativa à acusação e ao acórdão do Supremo Tribunal e mencionava justificações para que fosse dada execução ao acórdão. Escreveu o seguinte: «[...] Apesar da existência de instruções nos registos do Supremo Tribunal no sentido de que os acórdãos
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