68 com três rapazes e uma rapariga, estava inocente; e pediu ao Rei que lhe concedesse a sua aprovação no sentido de serem devidamente punidos aqueles que mataram o seu marido, a fim de os seus filhos no futuro poderem vingar-se da morte do pai. Pediu igualmente que não fosse encerrado o caso do direito à sucessão e que fosse feita justiça. Pediu a devolução do seu dote proveniente das receitas da alfândega de Ormuz. Afirmou que era do conhecimento geral que quando Turan Shah casou com ela, ele não tinha nada, e que ela e a sua mãe o apoiaram de forma adequada à sua categoria social, e que o seu direito ao trono era inegável. O Rei de Portugal emitiu as seguintes ordens: «Este assunto tem de ser investigado novamente e a reputação de Turan Shah tem de ser reposta da melhor maneira possível. A fim de concluir o assunto com a brevidade possível e acabar com todos os distúrbios que possam ocorrer, o governador (o Arcebispo de Goa) deve ser repreendido publicamente. Os outros filhos de Turan Shah serão acarinhados e ficarão ao cuidado das pessoas que os guardam. Todos os bens confiscados a Turan Shah serão colocados nas mãos de uma pessoa competente, e serão recuperados junto de seja quem for que os tenha tirado, ainda que tenha de se proceder a alguma compensação, e os maiores valores serão colocados e recuperados desse modo.
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